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Um lugar para os malditos

Um lugar para os malditos
Um lugar para os malditos

Autor: Menezes, Zidane de

Editora: Artêra Editorial

Idioma: por
Ano: 2023
Idioma: por

R$ 54,00

Frete Grátis Brasil

Prazo de entrega:

Sul e Sudeste de 5 a 7 dias

Centro-Oeste, Norte e Nordeste de 10 a 15 dias

Há um lugar onde algumas pessoas são vistas como espectros; espectros de si mesmas, assombrações que trazem a inevitabilidade do Passado como um terrível determinante do Presente, do Agora, e do que quer que esteja por vir. Um flerte com o dito proibido, o temor um tanto exagerado advindo da sociedade, um nome e um rótulo brutais e estigmatizados taxando-lhes sem permissão alguma. Um lugar para os malditos é um romance fragmentado que traz uma rua; e, logo, pessoas; pessoas as quais, muitas vezes ao decorrer da narrativa entrelaçada de suas histórias, são invisibilizadas. É um livro que é, sobretudo, a respeito da tentativa de cada indivíduo para acolher a si mesmo. Para se sentir acolhido por outrem, é necessário que haja antes uma ação, às vezes dolorosa de que, enquanto Marginalizado, o sujeito se confronte no próprio espelho e se acolha — ou não, pois assim é a vida — para depois entender que se merece o acolhimento do outro; ou, ao afinal, não entender coisa alguma. Desse modo, também é sobre acolher o abandono como possibilidade de construir novas narrativas, se assim for desejado. E, ainda que tais personagens sejam postos à Margem, ao Reino dos Mortos, dos Ensandecidos e — por que não, dos Malditos — seguem sendo estes os responsáveis pelo ciclo da colheita e da renovação, pois, caso não houvesse os Malditos, os outros não teriam motivos para se gabar do quão abençoados e renascidos a cada novo dia conseguem iludidamente se sentir. A sociedade, desde o que se entende como seu início até aqui, só sente o regozijo e a renovação de se encontrar no Centro porque existe a Margem. E cá estamos. “Ela ainda pensava na lua sozinha lá fora. Disse consigo mesma que se sentia parecida, como um ponto perdido em um vazio imenso, não como uma estrela, talvez algo opaco e miúdo, mas deletou a palavra “ponto” — na verdade uma coisa sem definição, sem nome no dicionário, e não sozinha porque o vazio de fato era vazio: as constelações, os cometas e planetas ainda estavam lá, mas propositalmente afastados, escondendo-se por entre as mantas escuras”.

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Etiquetas: Menezes, Zidane de