Solitário

Escrever um livro é sempre um desafio doloroso, porque exige horas e horas pensando sobre o tema em questão. No meu caso, procurei tratar de temas controversos, como: exclusão social, preconceitos, pobreza, esperança, redenção da alma, mesmo depois de décadas de uma vida à margem da sociedade à qual serviu. Em tempos como este, que segurança é velocidade, pelo fato de sermos diariamente bombardeados de informações, seja pela TV, rádio e por meio das mídias sociais, deixar de fotografar e postar, não ser visto, não ter recebido likes, curtições e seguidores, é passar incólume, ser tratado com indiferença pelo resto da sociedade conectada o tempo todo. Quando não absorvemos todas as informações, corremos o risco de sermos deletados, excluídos da manada, não mais fazer parte do grupo, o que para muitos seria o fim; morte certa. Trato também do tema: “Posses”, e me pergunto, qual é o motivo que leva um consumidor a comprar um celular IPHONE de R$ 15.000,00, se por necessidade, ou, ostentação; mostrar ao outro que você tem condições melhores que ele para obtê-lo, e, não, por necessidade. Sobre o amor, tenho minha opinião formada, talvez esteja equivocado, no entanto, minha concepção de amor é que o amor, sendo verdadeiro, nunca morre, pode até hibernar durante certo tempo, como uma semente esquecida no solo, mas, bastam algumas gotas de água para fazê-lo florescer novamente. Minha intenção ao escrever este livro não foi de passar sermão a ninguém, mas, conscientizá-lo de que apesar de ocultos, amor e ódio existem, e estão aí para escolhermos qual irá florescer no mais profundo do nosso peito, quais decisões tomar frente a situações que nos obriguem sobre amor, ódio, direita, esquerda, enfim... a decisão será sempre nossa.