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Serápis de Alexandria

Serápis de Alexandria
Serápis de Alexandria

Autor: Neiva, Caroline Oliva

Editora: Appris Editora

Idioma: por
Ano: 2021
Idioma: por

R$ 76,00

Frete Grátis Brasil

Prazo de entrega:

Sul e Sudeste de 5 a 7 dias

Centro-Oeste, Norte e Nordeste de 10 a 15 dias

O livro Serápis de Alexandria: discursos e representações de poder em disputa na época antonina (96-192 d.C.) lança luz sobre o contexto de romanização no Egito e as relações entre política, religião e cultura na Alexandria romana do século II. Serápis é uma divindade egipto-helenística cujo culto floresceu na cidade de Alexandria durante o início da dinastia lágida (305-30 a.C.). De cunho marcadamente político, o culto a Serápis foi associado à legitimação do poder real dos governantes lágidas, e posteriormente esse aspecto foi apropriado pelos governantes romanos. A cunhagem monetária contendo representações imagéticas de Serápis se iniciou no período lágida e se expandiu durante o domínio romano. Nesse período, padrões de cunhagem ligados a Serápis foram identificados a partir do imperador Cláudio (41-54), mas somente com a dinastia flaviana (69-96) Serápis teve sua iconografia associada à legitimação do poder imperial. Durante o governo dos antoninos (96-192), evidencia-se uma grande variedade de tipologias inovadoras relacionadas ao caráter legitimador de Serápis, e é a partir dessa variedade de representações que emerge o questionamento central desta obra: por que inovar? Quais teriam sido as motivações para uma cunhagem tão significativa de moedas com representações da divindade Serápis? Por meio da análise comparativa entre os discursos contidos nas representações iconográficas de Serápis na numismática alexandrina durante o governo dos imperadores antoninos (96-192 d.C.) e o discurso literário presente em fragmentos dos Acta Alexandrinorum, aventa-se verificar inter-relações entre essas documentações e seus contextos de produção e circulação. Nota-se que na disputa de poder as representações de Serápis eram utilizadas tanto pelos alexandrinos gregos, para legitimar a sua pertença cultural e o seu poder anterior ao dos romanos, quanto pelos governantes romanos, como importante elemento de legitimação de seu poder político. Desse modo, o poder político emanado pela divindade Serápis é importante objeto de disputa entre o imperador e os alexandrinos gregos, refletindo as constantes tensões entre os dois grupos.

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Etiquetas: Neiva, Caroline Oliva