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Se eu não posso ser quem sou

Se eu não posso ser quem sou
Se eu não posso ser quem sou

Autor: Teixeira, Leila de Souza

Editora: Zouk

Idioma: por
Ano: 2022
Idioma: por

R$ 52,00
  • Disponível: Em estoque
  • Editora: Zouk
  • ISBN: 9786557780756

Frete Grátis Brasil

Prazo de entrega:

Sul e Sudeste de 5 a 7 dias

Centro-Oeste, Norte e Nordeste de 10 a 15 dias

Se tivesse respondido a pesquisa promovida pelo sindicato em 2013, Geórgia estaria entre os 73% dos servidores do judiciário brasileiro insatisfeitos com o trabalho, movidos a permanecer no cargo apenas pela estabilidade e pela remuneração. Após conhecer Olivia (canadense que abdicou de um alto salário em uma empresa de telecomunicações de Montreal, para recolher plásticos em praias e oceanos), Geórgia percebe que não é somente a rotina presa ao tribunal que a incomoda. O barulho da cidade; a hostilidade da vida urbana; as luzes artificiais a ofuscarem estrelas; a poluição visual dos centros comerciais; relógios e calendários violentadores dos ciclos naturais do corpo humano; o sistema de ensino alienante; o culto ao excesso de trabalho; as exigências de produtividade, consumo, sucesso; todos os produtos e todas as ficções da Modernidade e do chamado Antropoceno, a Época dos Seres Humanos, sufocam Geórgia e a impedem de ser quem ela é. Enquanto abandona Porto Alegre no sul do Brasil, e se desloca de carona a San Pedro, no deserto do Atacama, onde a aguarda um motorhome e o início de uma vida na estrada, a protagonista percorre seu passado e os caminhos que a levaram àquela nova forma de existência. Durante o trajeto – ao se reconectar aos sons da natureza, “tão harmônicos a ponto de serem confundidos com o silêncio”; ao breu noturno, apagador de contornos na Terra, propiciador do cosmo ao redor; às marés e a outros fluxos ininterruptos do universo – pergunta-se como aguentou anos encerrada em salas de aula, escritórios, repartições públicas, se seu eu verdadeiro é aquele, que deseja misturar-se à imensidão pulsante do planeta. Entre memórias e porvires, questiona tudo o que, de maneira perniciosa, aparta os seres humanos de suas origens enquanto espécie. O título do livro é um verso de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa a quem coube a angústia moderna, conhecido por ser um futurista que paradoxalmente ironiza o progresso.

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Etiquetas: Teixeira, Leila de Souza