Práticas integrativas e complementares nos serviços públicos de saúde: um sonho, uma ideia, uma realidade

Cuidar é uma arte. Cuidar de uma planta, de um animal, de uma casa... Imagina cuidar do ser humano!? E cuidar de uma pessoa quando ela não está bem? É mais do que uma arte, é um dever, uma missão para aqueles que elegeram a área da saúde como campo de trabalho. E no cumprimento desse dever, temos que oferecer o melhor. O melhor de nós, o melhor da natureza e o melhor da ciência. Tudo isso encontra-se nas Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Pics). As antes denominadas terapias alternativas são hoje consideradas como terapias que se complementam e se integram, inclusive com a medicina convencional, para oferecer assistência integral, de qualidade, humanizada e segura, sem agredir o organismo, pois respeita os meios de cura naturais do corpo humano, auxiliando-o na recuperação de sua harmonia e, assim, readquirindo o estado de saúde de forma plena e duradoura. Há práticas individuais e coletivas. Há práticas que utilizam medicamentos e outras que usam só as mãos no seu cuidado. Há práticas que usam músicas, outras aromas, cores, flores, energia, água, terra, mar. Tudo muito natural, naturalmente. Cuida de criança, de adulto, de pessoas, não importa que problemas de saúde apresentem. Afinal, quem será cuidado é a pessoa e não a doença. É por essa razão que as Pics estão sendo bastante procuradas pelos brasileiros e foram inseridas no Sistema Único de Saúde para ampliar seu acesso. Apesar disso, há alguns entraves que dificultam a disseminação da oferta das Pics nos serviços públicos de saúde. São os obstáculos, as lutas, os sonhos, as ideias e a realidade sobre as Pics que estão presentes neste livro, contadas por pessoas que lidam com essas práticas de diversas maneiras, mas com um único objetivo: que mais pessoas sejam favorecidas com seus benefícios. O maior benefício das Pics é a recuperação do estado de saúde, e saúde, de acordo com a sabedoria popular, é tudo.