O Yin e o Yang do aprendizado

Neste livro, intitulado O Yin e o Yang do Aprendizado: balanceando o contextual e o global na gestão de Filho multinacionais, propõe-se explicar como os aspectos globais e contextuais influenciam o aprendizado gerencial em multinacionais brasileiras, com base em extensa pesquisa bibliográfica aliada a um estudo múltiplo de casos, no Brasil e no exterior. Partindo de teorias relacionadas à cultura e à globalização, capacidades organizacionais, interações organizacionais, aprendizagem e estratégia de internacionalização, foi desenvolvido um modelo de análise, de quatro dimensões, cuja combinação influencia o fluxo de conhecimento resultante e a aprendizagem obtida: a internacional (diversidade cultural e política); a global (forças universalizantes de valores e práticas); a gerencial (capacidades e recursos gerenciais consolidados como melhores práticas na organização); e a interorganizacional (interação entre matriz e subsidiárias). O modelo foi aplicado em uma pesquisa de campo realizada com base em um estudo de cinco casos de empresas brasileiras internacionalizadas, com sistemas de gestão implementados. Os resultados confirmaram a suposição de que o aprendizado gerencial da interação entre matriz e subsidiárias/coligadas de uma corporação multinacional está sujeito a dois tipos de forças, operantes tanto no nível nacional quanto no organizacional: a convergente, relacionada a práticas organizacionais estandardizadas e globais; e a divergente, que insere o aprendizado como prática social sujeita às singularidades organizacionais e culturais. Assim, aprender a movimentar-se no caminho da internacionalização, como fenômeno organizacional, exige compreender o balancear entre essas duas forças, como na tradição chinesa do Yin e Yang, princípios que governam todos os processos e fenômenos da vida. Gerenciar-se inclui o ato de medir e a medição do resultado mais apropriado ocorrerá pelo balanceamento dessas duas forças, assim como cada circunstância trará uma solução própria, na justa medida, segundo o caminho do meio, já conhecido há milênios pela sabedoria humana.