Menu
Your Cart

O rio de janeiro entre conquistadores e comerciantes: manoel nascentes pinto (1672-1731) e a fundação da freguesia de santa rita

O rio de janeiro entre conquistadores e comerciantes: manoel nascentes pinto (1672-1731) e a fundação da freguesia de santa rita
O rio de janeiro entre conquistadores e comerciantes: manoel nascentes pinto (1672-1731) e a fundação da freguesia de santa rita

Autor: Nara Júnior, João Carlos

Editora: Appris Editora

Idioma: por
Ano: 2019
Idioma: por

R$ 61,00

Frete Grátis Brasil

Prazo de entrega:

Sul e Sudeste de 5 a 7 dias

Centro-Oeste, Norte e Nordeste de 10 a 15 dias

O Rio de Janeiro é uma cidade de mistérios. Apesar de rios de tinta terem sido gastos nos últimos 150 anos para explicar a cidade e sua trajetória, ela tem zonas de sombra, envoltas em treva, e que a academia preguiçosamente reluta em iluminar. Uma dessas faces escuras é a área de Santa Rita. Nosso olhar sempre esteve adestrado para focar as áreas "sensíveis", onde a elite política e econômica esteve centrada, como o Paço Imperial da Corte Monárquica, a Avenida Rio Branco da Velha República e a Cinelândia da Era Vargas. Para além do Campo de Sant’Ana temos ainda léguas de urbe precisando urgentemente serem devassadas. Mesmo no badalado Centro, as lacunas persistem. A antiga freguesia de Santa Rita é um desses recantos que agora, felizmente e finalmente, começa a sair da escuridão. Esta é uma região marcada pela escravidão. Nasce como freguesia quando o entorno da matriz se torna cemitério dos milhares de africanos que desembarcam num Rio que é portal das Minas de ouro dos sertões das Gerais. Depois se torna o maior complexo negreiro das Américas quando o Vice-Rei delimita o mercado do Valongo em 1774. Transforma-se em empório do café que desce a Serra no braço dos negros na última metade do Novecentos. Moderniza-se com a obra do Cais do Porto, mas mantém a natureza de área marginal, nauseabunda, esquecida. Foi precisa uma Olimpíada para que antiga freguesia (hoje Porto Maravilha) voltasse a ser lembrada. O papel inicial nesse moto-contínuo foi de Manoel Nascentes Pinto. Dono de chãos na cidade, pater familias, devoto da Palavra de Deus, vassalo leal d’El-Rei, servidor da Alfândega, proprietário de negros: eis o construtor da igreja. Praticamente pioneiro naquela área pantanosa e insalubre dos primórdios do século XVIII, mas que se revelaria vital para a história da cidade. Esquecido pelos pósteros, é reabilitado na escrita leve de João Carlos Nara Jr. como um dos patriarcas da Mui Leal e Heroica Cidade de São Sebastião. Dizem que os mortos se levantam quando pronunciamos seu nome. Então Manoel Nascentes Pinto agora volta a se mover pelo chão que o destacou nesta vida.

Escreva um comentário

Você deve acessar ou cadastrar-se para comentar.