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O Capitalismo Mundial e a Captura do Setor Elétrico na Periferia

O Capitalismo Mundial e a Captura do Setor Elétrico na Periferia
O Capitalismo Mundial e a Captura do Setor Elétrico na Periferia

Autor: Correia, Salatiel Pedrosa Soares

Editora: Appris Editora

Idioma: por
Ano: 2021
Idioma: por

R$ 68,00

Frete Grátis Brasil

Prazo de entrega:

Sul e Sudeste de 5 a 7 dias

Centro-Oeste, Norte e Nordeste de 10 a 15 dias

Esta publicação pretende ser uma radiografia do processo político-administrativo que conduziu a Companhia Energética de Goiás (Celg) — da condição de maior estatal goiana e uma das oito mais bem-sucedidas do setor elétrico brasileiro — a um nível tal de descapitalização que a deixou em estado falimentar antes de entregá-la ao capital internacional. De uma empresa bem administrada desde sua fundação, em 1956, até o final dos anos 1970, a Celg se viu, a partir dos anos 1980, imersa no populismo que, passo a passo, foi destruindo a racionalidade expressa pelas boas gestões anteriores. Sem as práticas do planejamento estratégico, mergulhou num voo cego em direção ao caos. Em quase 40 anos, os novos atores — os eternos financiadores de campanhas eleitorais — se beneficiaram de programas sobredimensionados da empresa — tais como os de eletrificação rural e irrigação —, que, paulatinamente, a iam descapitalizando para atender a interesses de clientes cada vez mais enriquecidos. O “chantili” do discurso político era que tais programas se implementavam em “nome do desenvolvimento de Goiás”. Com o fim da inflação, a situação se tornou insustentável. Este livro busca revelar ao leitor “o outro lado da montanha”, fora do alcance da visão da sociedade, expresso por investimentos sobredimensionados, contratos de compra de energia feitos sob medida para beneficiar a atores que se locupletam de benesses advindas de um tipo de estado forte para punir e favorecer, mas fraco para transformar. Mais que um estudo regional, estes escritos refletem a situação de diversas outras empresas do setor elétrico inseridas na periferia do capitalismo mundial, sujeitas à dinâmica do capital internacional, que se expande às custas da compra de empresas de energia elétrica em estado falimentar.

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