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Nas sílabas do vento

Nas sílabas do vento
Nas sílabas do vento

Autor: Miguel Lopes, José de Sousa

Editora: Artêra Editorial

Idioma: por
Ano: 2023
Idioma: por

R$ 55,00

Frete Grátis Brasil

Prazo de entrega:

Sul e Sudeste de 5 a 7 dias

Centro-Oeste, Norte e Nordeste de 10 a 15 dias

Os poemas do autor são como uma escultura de lembranças, de reminiscências, a afligirem seu criador, um escultor de emoções e recordações que empurram e alimentam sua vida enquanto fazem parte dela. Poesia água, fogo, pele despojada e entregue ao itinerário da vida. Mistérios e sombras por onde anda o poeta. Saudades do Índico, decifrando, cotidianamente, o local onde vive: Belo Horizonte. A poesia de José Miguel Lopes é um corpo a iluminar vertigens, prazeres, sentimentos tristes, melancolia, desejos, ausências e presenças. É poesia-tempo, vento a fustigar novos sentidos, novos olhares, novos saberes. Nas sílabas do vento é uma ode à mulher amada, à vida, às palavras que fazem do mundo possibilidades de criação e amor. Como diz o eu lírico em “Filigranas Amorosas”, “apenas a poesia, só ela em toda a sua beleza faz ressonância com o mundo”. Ave, poeta! Que muitos leiam este livro e desfrutem do sabor e dos encantos de seus versos. Trecho do prefácio de Carmen Lucia Tindó Secco. O livro está dividido em três partes. Na primeira (“Cartografias Marítimas”), são apresentados poemas cuja maior referência é o mar e seu entorno. Vivi a maior parte da vida junto ao mar, então ele exerce uma força poderosa no meu fazer poético. Na segunda parte (“Filigranas Amorosas”), debruço-me sobre o amor. O amor é subjetivo, não existe uma forma racional de explicá-lo. Ele é pele, é sentimentos, mutável e não definido, podendo ser a ruína e a alegria. Os poemas levam-nos a perceber o amor em sua vivacidade e na intimidade penetrante a que o sentimento nos convoca. A terceira parte (“Relâmpagos Poético-Políticos”) resulta da trajetória de minhas vivências em Moçambique e no Brasil. As primeiras reflexões sobre as contradições, as desigualdades e as injustiças que perpassavam o tecido da sociedade colonial em Moçambique começam a surgir, de forma embrionária, por volta dos meus 17 anos. Essas preocupações nos campos político e social acompanham-me até hoje. Fiz parte do primeiro governo revolucionário do Moçambique Independente (1975), tendo trabalhado durante 15 anos no Ministério de Educação e Cultura. Diria que o grande desafio da atualidade, mais do que em outros períodos, é o de enfrentar uma cultura em movimento. A poesia, como todas as artes, movimenta-se entre a luz e a sombra, em que uma sempre engendra a outra, em que não se coloca a hipótese de escolha, mas de assumir a sua parte da sombra e a sua parte da luz. Esse movimento, essa dualidade, representa o fundamento da natureza humana. O ser humano é, antes de tudo, essa criatura de contraste que habita um lugar onde a sombra e a luz se tocam. E não existe, a meu ver, algo mais sublime do que esse abraço no qual emerge, de forma luminosa, o texto poético.

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