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Na Aurora do Sentido

Na Aurora do Sentido
Na Aurora do Sentido

Autor: Granato, Fernanda Marques

Editora: Appris Editora

Idioma: por
Ano: 2022
Idioma: por

R$ 73,00

Frete Grátis Brasil

Prazo de entrega:

Sul e Sudeste de 5 a 7 dias

Centro-Oeste, Norte e Nordeste de 10 a 15 dias

A partir de estudos da obra de Edward Lear, esta pesquisa tem por objetivo verificar como os elementos de composição do gênero nonsense recompõem-se antropofagicamente de maneira a ampliar e consolidar o conceito no contexto da literatura brasileira, nos escritos de Qorpo-Santo. A relevância da proposta se coloca, em primeiro lugar, pelo fato de a fortuna crítica sobre a produção de Qorpo-Santo, a despeito de sua importância no cenário literário brasileiro, ser constituída, ainda hoje, por um número reduzido de pesquisas que tenham levado em consideração a possibilidade de ser expressão exemplar do nonsense. Em segundo lugar, considera-se que, exceto no artigo de Ávila (2009), os autores tenham sido considerados em perspectiva comparatista, apesar de suas obras trazerem marcas instigantes para uma possível aproximação, alimentando reflexões sobre a construção e as características próprias do nonsense. Para isso, caracterizamos o gênero nonsense, considerando A book of nonsense (1846), de Edward Lear, e Ensiqlopèdia ou seis mezes de huma enfermidade (1868-1873), de José Joaquim de Campos Leão, ou Qorpo-Santo. Em termos de fundamentação teórica, baseamo-nos na mimese aristotélica, no conceito de nonsense de Sewell (1952), Tigges (1987) e Stewart (1978), no conceito de paradoxo de puro devir e de lógica do sentido de Deleuze (1969), no conceito de oposição de Ogden (1932), nos conceitos de Lecercle (1994), no moderno teatro de Qorpo-Santo, por Leda Martins (1991), e no panorama do teatro brasileiro, de Sábato Magaldi (1962). Com relação à metodologia de pesquisa, nossa perspectiva segue os preceitos propostos pelo formalismo russo (em especial Jakobson, Tynianov e Chklovski); a linguística geral de Saussure (1916) e seu estruturalismo; a filosofia da linguagem de Deleuze; e o new criticism de I. A. Richards (1929), com a close reading aliada à realização da leitura das obras à luz de concepções teóricas, filosóficas, linguísticas e estético-criativas que partem necessariamente dos textos. A análise da estrutura de cada uma das obras ocorre em etapas, considerando a macro e a microestrutura, as personagens e os gêneros, que culminam na construção de um modelo do nonsense.

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