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Juventude, Trabalho e o Subdesenvolvimento

Juventude, Trabalho e o Subdesenvolvimento
Juventude, Trabalho e o Subdesenvolvimento

Autor: de Sousa, Euzebio Jorge Silveira

Editora: Appris Editora

Idioma: por
Ano: 2022
Idioma: por

R$ 83,00

Frete Grátis Brasil

Prazo de entrega:

Sul e Sudeste de 5 a 7 dias

Centro-Oeste, Norte e Nordeste de 10 a 15 dias

O livro Juventude, trabalho e o subdesenvolvimento analisa as transformações do mundo do trabalho brasileiro a partir da inserção laboral dos jovens e das características do subdesenvolvimento do país. Nos anos 2000 o Brasil registrou um consistente crescimento econômico que, associado à implementação de políticas sociais e de emprego, proporcionou redução da desigualdade, ampliação dos empregos formais, redução da desocupação e elevação da renda das famílias, impactando especialmente a inserção laboral dos jovens. Mudanças de tendências já são verificadas em 2013, mas se aprofundam partir da crise de 2015, com uma rápida desestruturação do mercado de trabalho, processo acelerado pelas políticas liberalizantes de 2016 e pela reforma trabalhista de 2017. No período também se processam mudanças no padrão de acumulação em esfera global, marcadas por financeirização, racionalização produtiva, inovações tecnológicas e organizacionais e mudanças institucionais que promovem destruição de ocupações e alterações nas trajetórias formativas e profissionais. A partir da perspectiva da economia política, com uma análise histórico-estrutural e uma abordagem de classes, este livro buscou retomar o debate sobre o mercado de trabalho, o subdesenvolvimento latino-americano, a desigualdade e a ausência (ou insuficiência) de políticas de Estado — elementos que, agindo em simbiose, impelem os jovens a um ingresso precoce e precário na vida laboral. Para tanto, foi investigado se os avanços econômicos e sociais dos anos 2000 foram suficientes para romper com as deficiências do mercado de trabalho brasileiro; se as mudanças na inserção dos jovens no mundo do trabalho seriam revertidas após a mudança de ciclo econômico; se o excedente estrutural de força de trabalho e a heterogeneidade social são elementos funcionais para o tipo de acumulação no Brasil e se demandam uma inserção precoce e precária dos jovens no mundo do trabalho; e, por fim, se o tipo de inserção laboral dos jovens é um indicador de tendências do mercado de trabalho como um todo. A exposição teórica foi conciliada com uma exaustiva análise de dados do Censo e da PNAD entre 1970 e 2017, buscando sempre que possível realizar recortes de classe, raça/cor e sexo. Concluiu-se, ademais, que o excedente estrutural e a profunda polarização do mercado de trabalho no Brasil são compatíveis com a nova economia de plataforma, modalidade de contratação que tem absorvido parcelas expressivas de jovens no início de carreira, ofertando ocupações flexíveis e precárias.

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