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índios e poetas: o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a invenção do indianismo literário 1808-1860

índios e poetas: o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a invenção do indianismo literário 1808-1860
índios e poetas: o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a invenção do indianismo literário 1808-1860

Autor: Belieiro, Thiago Granja

Editora: Appris Editora

Idioma: por
Ano: 2019
Idioma: por

R$ 74,00

Frete Grátis Brasil

Prazo de entrega:

Sul e Sudeste de 5 a 7 dias

Centro-Oeste, Norte e Nordeste de 10 a 15 dias

A pesquisa que originou este livro insere-se no campo dos estudos históricos culturais e está voltada a historiadores, críticos literários e apreciadores da literatura de forma geral. A análise histórica é aqui empregada com o objetivo de compreender o fenômeno artístico literário, a saber, o Indianismo Romântico do século XIX. Desse modo, o Indianismo é visto como uma invenção histórica, ou seja, é fruto de um trabalho e de um projeto consciente dos escritores no sentido de criação de uma cultura e uma literatura nacional, tendo o índio como figura central. Utilizando-se de preceitos teóricos e metodológicos do sociólogo Pierre Bourdieu, nos quais a produção artística mantém profundas ligações com o campo político, a pesquisa procura mostrar a ligação do campo literário romântico em formação e o campo político. Assim, analisa-se o papel do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro nesse processo de invenção histórica. O IHGB congregava em seus membros a elite letrada da Corte, entre eles, importantes escritores indianistas, tais como Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães. O Instituto foi responsável ainda por uma vasta produção de conhecimento sobre o índio, sendo essa produção responsável pela configuração de um campo de possíveis estéticos a respeito do indígena por meio de representações dele. A investigação sobre essas representações compõem parte significativa do livro e revelam aspectos interessantes acerca do imaginário europeu e brasileiro sobre as populações indígenas brasileiras no período Imperial. E mais, o IHGB foi o palco principal de uma acalorada contenda sobre a viabilidade de se escrever uma literatura tendo o índio como figura central, mostrando as diferentes tomadas de posição dos intelectuais do período acerca da Literatura Indianista. Com isso, o livro consegue mostrar que a criação literária do Indianismo não é somente fenômeno estético ligado ao movimento romântico no Brasil, mas é também e, principalmente, uma invenção histórica dirigida diretamente pelo Imperador Dom Pedro II, interessado na criação de um herói nacional capaz de contribuir para a edificação de um sentimento identitário de pertencimento à jovem nação.

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Etiquetas: Belieiro, Thiago Granja