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Inclusão perversa

Inclusão perversa
Inclusão perversa

Autor: Matos, Naiara Roberta Vicente de

Editora: Appris Editora

Idioma: por
Ano: 2017
Idioma: por

R$ 57,00

Frete Grátis Brasil

Prazo de entrega:

Sul e Sudeste de 5 a 7 dias

Centro-Oeste, Norte e Nordeste de 10 a 15 dias

Dentro da perspectiva da psicologia sócio-histórica e a partir do olhar da terapia ocupacional, Inclusão perversa: uma reflexão sobre o sentido do trabalho para pessoas com deficiência tem por objetivo analisar a dimensão subjetiva do processo dialético de inclusão/exclusão no trabalho (com e sem apoio) das pessoas com deficiência intelectual, para refletir sobre a educação profissional e a proposta de Emprego Apoiado. Trata-se de situar historicamente as pessoas com deficiência, buscando entender quais são as mediações presentes e compreender como é vivida subjetivamente a Lei de Cotas na vida dessas pessoas, para então orientar as práticas de formação e preparação ao trabalho que lhes são oferecidas. Para tanto, recorre-se aos conceitos de sofrimento ético-político, sentido e significado, estima social, identidade e preconceito para analisar a vivência da busca por um trabalho, e de se tornar trabalhador nas condições de trabalho oferecidas pela Cota, tendo como pano de fundo a condição sócio-histórica desfavorável à inclusão oferecidas a esses sujeitos e os projetos de preparação para o trabalho que lhes são oferecidos. O método de investigação utilizado está embasado na concepção vygotskiana, que considera ação, trabalho e afeto como unidades indissociáveis da subjetividade, amparada na filosofia de Spinoza e na teoria marxista de sociedade. Os resultados atestam a defasagem entre reconhecimento jurídico e social em virtude de fatores como: ausência de estima social, preconceito, modelos de identidade pressupostas, desamparo e solidão a que são relegados, condição social vivida como sentimentos tristes de medo, humilhação e raiva comprometendo a potência de ação desses sujeitos. O sentido de trabalho é ambíguo: ele é a única possibilidade de estima e reconhecimento, mais do que a possibilidade de adquirir bens, mas é também fonte de paixões tristes, especialmente o medo constante de errar e, assim, perder o emprego. Clamam por preparação ao trabalho e apoio afetivo – que eles encontraram no preparador laboral que os acompanhou por um tempo, ao qual enviam cartas expressando seus sentimentos e necessidades. Por fim, este livro ressalta a importância do “Emprego Apoiado”, onde o profissional desempenha o papel de mediador do cumprimento efetivo da Lei de Cotas no plano de desenvolvimento de habilidades e da referência afetiva.

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