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Entre a bancada e a sala de aula: a experimentação no período de ouro do ensino de ciências

Entre a bancada e a sala de aula: a experimentação no período de ouro do ensino de ciências
Entre a bancada e a sala de aula: a experimentação no período de ouro do ensino de ciências

Autor: Azevedo, Maicon

Editora: Appris Editora

Idioma: por
Ano: 2020
Idioma: por

R$ 64,00

Frete Grátis Brasil

Prazo de entrega:

Sul e Sudeste de 5 a 7 dias

Centro-Oeste, Norte e Nordeste de 10 a 15 dias

Aula de Ciências tem que ter experimentação. Será? Ao perguntar aos meus alunos na licenciatura em Ciências Biológicas sobre suas memórias das aulas de Ciências e Biologia, dois tipos de relatos aparecem constantemente e podem ser resumidos nos exemplos a seguir: "Uma memória que marcou em aulas de Ciência foi a primeira vez em que utilizei um microscópio, na sexta ou sétima série. A professora colocou uma mosca no estereomicroscópio e pediu para os alunos desenharem o que observaram. Fiquei bastante impressionado na época com a mosca e com o microscópio em si, e com a quebra na rotina das aulas". "Meu ensino de Ciências e Biologia foi marcado por aulas expositivas. Posso não me recordar delas, mas a exigência de certos professores na hora da avaliação certamente me marcou. Todo o conteúdo passado na lousa devia ser estudado e memorizado...". A realidade da formação de professores vem nos revelando que as práticas experimentais estão, em grande parte, presentes na memória dos alunos como algo positivo e instigante. Contudo constatamos que, no conjunto das memórias da escola básica, essas práticas são raras e pontuais. Essa aparente contradição é um dos elementos mais instigantes explorados por Maicon Azevedo em seu livro. O autor nos provoca a refletir e aprofundar por que, afinal, apesar de certo consenso, a experimentação parece, ainda, ser tão rara nas aulas de Ciências. Para explorar o tema, Maicon escolhe apoiar-se na perspectiva teórica da história das disciplinas escolares e, em particular, em aspectos da Teoria do Discurso Pedagógico de Basil Bernstein. Tais alicerces ajudam o autor a percorrer e articular elementos históricos, políticos, sociais, científicos e pedagógicos, com ênfase no movimento de renovação do ensino de Ciências e no estudo do projeto BSCS. Assim, ao explorar e problematizar a influência norte-americana na constituição das experiências curriculares no Brasil, Maicon também revela a importância das iniciativas brasileiras de mudanças curriculares, evidenciando as instituições e os atores, os espaços e os tempos, as tramas, as tensões, as formas de poder e controle sobre o que e o como ensinar e aprender, que marcaram a trajetória única e rica do ensino de Ciências do Brasil. Certamente, trata-se de uma versão da história dessa disciplina em nosso contexto e, por isso, é tão importante e necessária. é uma honra e um enorme prazer poder ler esta obra e, com ela, reviver, retomar, conhecer, contrapor, concordar e discordar com toda essa riqueza de informações sobre o ensino de Ciências. Creio que este livro constitui-se como uma das referências essenciais para os cursos de licenciatura das diversas áreas das Ciências Naturais e que seu papel é ímpar na formação inicial e continuada de professores.

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Etiquetas: Azevedo, Maicon