Menu
Your Cart

Educação, juventudes e participação política

Educação, juventudes e participação política
Educação, juventudes e participação política

Autor: Cunha, João Batista Coelho

Editora: Appris Editora

Idioma: por
Ano: 2020
Idioma: por

R$ 70,00

Frete Grátis Brasil

Prazo de entrega:

Sul e Sudeste de 5 a 7 dias

Centro-Oeste, Norte e Nordeste de 10 a 15 dias

Goiás tem a tradição de ações coletivas muito combativas de jovens secundaristas, ao menos desde o movimento estudantil de 1968. Igualmente, nas Jornadas de 2013, em que "jovens pobres" tiveram atuação impactante em ações nas periferias de Goiânia e em outras cidades. Enfim, é tema deste importante livro, Educação, juventudes e participação política, as ocupações de escolas públicas de ensino médio, no final de 2015 e no início de 2016. O autor, João Batista Coelho Cunha, é mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, professor da rede pública estadual e militante, tanto das lutas de trabalhadoras e trabalhadores da educação quanto, antes, do movimento estudantil. Aqui, ele analisa a participação política de "jovens pobres" no movimento das ocupações de escolas em Goiás, buscando entender os sentidos que tais jovens atribuíram a essa ação coletiva. Destacam-se os relatos das seis entrevistas com tais jovens, que flagram uma arrojada resistência juvenil ao avanço de políticas neoliberais contra a educação pública. Apesar de todas as violências, ameaças e repressões vividas por tais jovens, o movimento foi vitorioso em sua principal pauta, qual seja, barrar a adoção nas escolas estaduais da gestão por Organizações Sociais, disfarce para certa privatização da educação pública e maior precarização do trabalho docente. Talvez mais importante, porém, parecem ter sido as transformações que os sujeitos da ocupação sofreram com essa experiência: certa ruptura com uma condição de invisibilidade diante da instituição escolar, tradicionalmente autoritária; o aprendizado da ação política em uma forma democrática e horizontal, aprendendo a negociar, a buscar apoio político e a dominar um repertório político e midiático; e o autorreconhecimento como sujeitos políticos. Alessandra, jovem entrevistada por João Cunha, diz enfaticamente: "o movimento em si contribuiu mais para mim do que eu para ele". Discordando da jovem, nós é que aprendemos com ela, assim como com aquelas e aqueles que ocuparam escolas ao longo de 2015 e 2016 em, praticamente, todas as unidades federativas de nosso país. Este livro continua a nos ensinar, ao trazer as vozes dessas personagens tão corajosas e combativas.

Escreva um comentário

Você deve acessar ou cadastrar-se para comentar.