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Do outro lado tem segredos

Do outro lado tem segredos
Do outro lado tem segredos

Autor: Machado, Ana Maria

Editora: Alfaguara

Idioma: por
Ano: 2013
Idioma: por

R$ 49,90
  • Disponível: Indisponível
  • Editora: Alfaguara
  • ISBN: 9788579621963

Frete Grátis Brasil

Prazo de entrega:

Sul e Sudeste de 5 a 7 dias

Centro-Oeste, Norte e Nordeste de 10 a 15 dias

Ana Maria Machado passou parte de sua infância no litoral do Espírito Santo, na casa de seus avós. Ao cair do dia, os moradores do local se reuniam para contar e escutar histórias. Do outro lado tem segredos nasceu nas noites em que a escritora descobria novos mundos, ainda menina. A influência das narrativas ouvidas pela autora, com seus mistérios e peculiaridades, estimulou-a para escrever a novela, publicada originalmente em 1979. Nomeado em homenagem a São Benedito, o “santo negro”, o pequeno Bino espera o momento em que os cardumes se aproximarão e será a hora de jogar a rede. O menino vive em uma aldeia de pescadores e desde pequeno aguarda o dia em que poderá ir com eles explorar a imensidão do oceano. De frente para o mar, quer saber o que há do outro lado da linha do horizonte. Bino está crescendo e aos poucos vai descobrindo a África de seus antepassados e as tradições, a beleza e a cultura de seu povo. São muitas as revelações que tem, que chegam em pequenos sinais que cruzam seu caminho. O curioso menino mergulha nas histórias da avó Odila e aprende a ler seus caminhos nos ensinamentos de Tião e Mané Faustino, nas estrelas do céu e do mar, na amizade de Dilson, nos jasmins-estrela do jardim e no cheiro de mato de Maria, a amiga por quem tem interesse. O tempo passado é resgatado através das histórias que Bino ouve. Aqui, é a memória que impulsiona os personagens e suas ações. Nem Bino nem a formosa Maria precisam sair de onde estão para ouvir as vozes de seus antepassados: dos africanos que ficam do outro lado do mar, dos índios que ficam do lado de lá do morro. São relatos de quando os índios eram os donos da terra e da época dos lendários reis africanos. Depois, o cativeiro, a luta pela reconquista da liberdade, entre tantos outros recomeços. Todos esses acontecimentos ficaram gravados, de uma forma ou de outra, na memória do povo, incorporados em seus costumes e tradições. Além das histórias contadas, vários dos personagens deste livro existiram de verdade – a começar por Bino, que vigiava a chegada dos cardumes e avisava que era tempo de lançar a rede. Ana Maria Machado fala, através da memória popular, de sonhos, do encontro de gerações e da busca pela identidade. Tristão de Athayde, pseudônimo do crítico literário Alceu Amoroso Lima, ficou encantado com o livro e escreveu sobre ele no Jornal do Brasil em 1979: “É uma parábola que se passa entre pescadores, o menino Bino e a menina Maria, em que Bino olha para lá do oceano, em direção à África de Aruanda, de onde vieram seus antepassados. E a menina Maria, descendente de índios, olha para lá dos montes, de onde vieram os seus, no horizonte telúrico. São duas faces do mundo brasileiro, refletidas nessas duas crianças praieiras e no encontro de duas raças nostálgicas, do oceano e da floresta, com seus mistérios invisíveis e indizíveis.”

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Etiquetas: Machado, Ana Maria