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Consequências Epistemológicas da Eugenia na Gênese da Educação Especial no Brasil

Consequências Epistemológicas da Eugenia na Gênese da Educação Especial no Brasil
Consequências Epistemológicas da Eugenia na Gênese da Educação Especial no Brasil

Autor: de Lima, Eloisa Barcellos

Editora: Appris Editora

Idioma: por
Ano: 2022
Idioma: por

R$ 63,00

Frete Grátis Brasil

Prazo de entrega:

Sul e Sudeste de 5 a 7 dias

Centro-Oeste, Norte e Nordeste de 10 a 15 dias

Este livro estuda a origem da Eugenia, considerando a trajetória do pensamento eugênico e seus reflexos nas representações educacionais da pessoa com deficiência, em tempos de reorganização da educação brasileira na primeira metade do século XX. Ao interligar o pensamento histórico da Eugenia e os primeiros atos legais para educação nacional, vê-se indicativos da ideologia eugênica e o entrelaçamento com a institucionalização da educação especial no Brasil. Utiliza-se fonte documental para investigação histórica, desde as Constituições Federais de 1934, 1937 e 1946 até a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n.º 4.024/61. Aborda-se a história da Eugenia, porque suas consequências ainda persistem, mediante a naturalização da ideia de superioridade humana sobre outros da mesma espécie, visão esta que impede a valorização das diferentes habilidades e potencialidades do ser humano por meio do pensamento de inferioridade e por um posicionamento capacitista dos dirigentes dessas sociedades. Demarcou-se o período histórico, anterior à primeira publicação importante do eugenista Francis Galton, justamente para mostrar que o termo Eugenia cunhado em 1883, representando os “bem-nascidos ou raça pura”, encontrava-se em debate bem antes dessa data. Esse pensamento respaldou a naturalização da dualidade, entre humanos fracos e fortes, produzindo e sendo produzida historicamente pelas matrizes: subsistência/sobrevivência, sociedade ideal e normalidade/anormalidade. A base epistemológica em que se embasa a análise dos dados teóricos e documentais, descritos historicamente, parte da teoria desenvolvida por Ludwik Fleck, chegando às consequências epistemológicas da história do conceito de Eugenia e sua influência na gênese da educação especial no Brasil. No período estudado, aborda-se a tendência brasileira à linha da Escola Ativa e ao modelo médico/biológico e de testes psicológicos. Em contrapartida, foi implementada a Instituição Pestalozzi, com equívocos na interpretação do fio condutor, a educação por meio da vida social e a relação direta com os conhecimentos de mundo. Desmarca-se a adesão à educação funcional, sob uma interpretação eugênica, e ainda, o desconhecimento ou falta de afinidade com os preceitos de Vygotski, conterrâneo de Helena Antipoff (1929). A cultura eugênica falou mais alto no Brasil e interferiu no modo de interpretar as teorias e práticas na reorganização escolar brasileira.

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