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As Ligas Camponesas do Partido Comunista do Brasil (1928-1954)

As Ligas Camponesas do Partido Comunista do Brasil (1928-1954)
As Ligas Camponesas do Partido Comunista do Brasil (1928-1954)

Autor: dos Santos, Leonardo Soares

Editora: Appris Editora

Idioma: por
Ano: 2022
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R$ 54,00

Frete Grátis Brasil

Prazo de entrega:

Sul e Sudeste de 5 a 7 dias

Centro-Oeste, Norte e Nordeste de 10 a 15 dias

A presente obra se refere ao primeiro livro que dedica a analisar as Ligas Camponesas do PCB, criadas em 1945. Elas foram praticamente esquecidas pela literatura, que se interessou apenas pelas Ligas Camponesas de Julião, surgidas a partir de 1955. Busco neste texto demonstrar que as primeiras foram essenciais para que as segundas fossem criadas. Os anos 1930 testemunhariam uma importante inflexão no debate interno do partido. A Questão Agrária é reformulada e a própria concepção que o Partido tem sobre as Ligas Camponesas também muda de conteúdo. Trato ainda da atuação do PCB durante o breve período de legalidade, entre 1945 e 1947. Aqui, as Ligas voltam a ter um perfil bem próximo do que havia sido pensado para elas na segunda metade da década de 1920, mas com o acréscimo de um elemento inédito: elas passam a ser vistas como um importante instrumento de arregimentação eleitoral voltados para beneficiar os candidatos pecebistas ou por eles apoiados de outros partidos. Analiso também como as Ligas Camponesas são impactadas pela decretação da ilegalidade do PCB, em maio de 1947. Assistimos aqui um enorme processo de repressão e criminalização dos movimentos sociais do campo patrocinados conjuntamente por órgãos da polícia, do poder judiciário e pela imprensa. Contudo, destaque especial é dado aos esforços das Ligas Camponesas de Pernambuco em prosseguir funcionando, mesmo num contexto de grandes dificuldades, aproveitando fatores específicos da correlação de forças do cenário político pernambucano para não serem completamente extintas. Ao fim do período alvo da análise neste capítulo, observo como a radicalização da linha política do PCB expresso no “Manifesto de 1948” afetaria a atuação da agremiação no meio rural brasileiro, e a própria organização de Ligas nesse contexto. E finalmente me detenho sobre a nova inflexão promovida pelo “Manifesto de Agosto de 1950”, campo, observando como nesse momento específico o dogmatismo político cultivado pelo grupo dirigente acabou provocando várias tensões e conflitos entre militantes e a base social das organizações “camponesas”, o que levou a um certo descolamento entre as demandas do PCB e dos trabalhadores do campo reunidos nas Ligas Camponesas.

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