A linguagem do gueto

“Ouvir as histórias de estudantes da Educação de Jovens e Adultos de uma pequena cidade de Minas Gerais é o que, basicamente, Érica Aniceto fez durante o seu trabalho como docente e como pesquisadora. Dar voz a esses alunos através de audição atenta e solidária das suas histórias de exclusão e de opressão social fazia parte dos objetivos da autora, que se inquieta com as experiências de fracasso escolar e de injustiças sociais sofridas por esses estudantes. Como forma de lhes dar o poder da fala e saciar as inquietações de docente, Érica transforma esses sentimentos de solidariedade em uma pesquisa criativa e original, que é agora publicada integralmente pela editora Appris. Assim, a autora assume posicionamentos políticos defendidos pela Linguística Aplicada atual, que tem focalizado questões práticas e de relevância para a sociedade. [...] Considerando a linguagem como forma de ação social, este estudo se concentra na análise da fala-em-interação na escola para verificar a visão desses alunos a respeito de si mesmos dentro e fora da escola.” Wânia Terezinha Ladeira