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A economia das paixões: literatura, erotismo e gratuidade em georges bataille

A economia das paixões: literatura, erotismo e gratuidade em georges bataille
A economia das paixões: literatura, erotismo e gratuidade em georges bataille

Autor: Camilo, Anderson Barbosa

Editora: Appris Editora

Idioma: por
Ano: 2019
Idioma: por

R$ 57,00

Frete Grátis Brasil

Prazo de entrega:

Sul e Sudeste de 5 a 7 dias

Centro-Oeste, Norte e Nordeste de 10 a 15 dias

A economia das paixões visa abordar a relação entre literatura e desencadeamento das paixões, recompondo a crítica empreendida por Georges Bataille contra o Aproveitada utilmente. Se precisamos mudar o mundo, se temos alguma razão para agir, é preciso que a comuniquemos o menos literariamente possível. A aposta batailliana é diferente do engajamento existencialista francês, encabeçado por Jean-Paul Sartre. A literatura é o espaço vazio (abertura total) no qual se prolonga o silêncio (ausência de significação) das palavras; é espaço de transgressão da linguagem enquanto significação, enquanto linguagem discursiva. Se a linguagem surge para fundar a civilização e os interditos, quer dizer, surge como veículo pelo qual os homens comunicam-se em prol de assegurar a vida e manter o bem comum, a atividade literária vem para usar perversamente a linguagem. Como a literatura poderia fundar uma organização social? O âmbito das paixões, ao qual a literatura apela, pode colocar em risco a ordenação racional das práticas sociais. A literatura é desencadeamento das paixões, conforme Bataille: somos generosos na medida em que nos devotamos à literatura. Na literatura nos surpreendemos, entristecemos, choramos de alegria. Sentimos asco de Gregor Samsa quando mexe suas patinhas e sente calafrios, mas sentimos imensa compaixão quando uma maçã é cravada em seu casco, levando-o, vagarosamente, à morte. Sentimos frio na barriga de tanta ansiedade quando Raskólnikov está prestes a cometer seu crime. Emprestamos nossa sensibilidade aos personagens literários, por vezes nos confundimos com eles. Na literatura matamos e somos mortos, deliciamo-nos e temos a audácia de nos comprazermos com assassinatos, roubos, traição, intrigas. A literatura é o Mal, nela temos a proximidade com édipo, o transgressor da lei.

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Etiquetas: Camilo, Anderson Barbosa