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A cultura da repetência

A cultura da repetência
A cultura da repetência

Autor: Earp, Maria de Lourdes Sá

Editora: Appris Editora

Idioma: por
Ano: 2021
Idioma: por

R$ 89,00

Frete Grátis Brasil

Prazo de entrega:

Sul e Sudeste de 5 a 7 dias

Centro-Oeste, Norte e Nordeste de 10 a 15 dias

Este livro é um estudo sobre a repetência, principal impedimento para a universalização da conclusão da educação básica no Brasil.O fenômeno da repetência foi descoberto por pesquisadores como Teixeira de Freitas, Sergio Costa Ribeiro e Ruben Klein, a partir de estatísticas educacionais oficiais. Entretanto, não se conhecia ainda o mecanismo da repetência nas práticas escolares e nas representações de seus agentes.Para descrever a repetência, foi realizada uma pesquisa durante dois anos em duas escolas públicas cariocas localizadas na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. O trabalho de campo seguiu o protocolo da investigação antropológica inspirada em Malinowski e se debruçou sobre os rituais e cerimônias escolares, como salas de aula, conselhos de classe, sala de professores, reunião de pais e festas escolares, convivendo com os “nativos” na “aldeia”. A vida na escola é descrita sob o ponto de vista de alunos, professores e diretores, personagens desse drama que se desenrola no dia a dia do ambiente escolar.A pesquisa em salas de aula revelou como a cultura da repetência se reproduz na estrutura da aula. A sala de aula pode ser descrita pela metáfora “centro-periferia”. No “centro” estão os alunos a quem o professor dirige o ensino na sala de aula; na “periferia” estariam os outros estudantes da classe, os excluídos do ensino. As representações docentes justificam a estrutura “centro-periferia”, pois existe uma crença generalizada de que alguns alunos são menos capazes de aprender, por isso não adianta ensiná-los.O ritual da sala de aula é legitimado pelo julgamento feito nos conselhos de classe, espaço coletivo em que os professores atribuem valores morais ao juízo escolar. Na escola brasileira, o aluno que não aprendeu deve ser punido com a reprovação, que se naturalizou como o principal recurso para ensinar. Segundo a cultura da repetência, o professor não se vê responsável pelo aprendizado e promoção dos alunos bem como não concebe sua prática sem a reprovação. Este livro descreve a aventura antropológica da descoberta dessa cultura.

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